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“Fatos eram de longe menos graves”, diz advogado do impeachment de Dilma

“Fatos eram de longe menos graves”, diz advogado do impeachment de Dilma, sobre Bolsonaro

Advogado Flávio Henrique Costa Pereira subscreveu a denúncia contra Dilma Rousseff ao lado de Miguel Reale Jr, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, em 2015; ele afirma que, caso comprovadas, declarações de Sérgio Moro podem ensejar o impedimento de Jair Bolsonaro

Luiz Vassallo

24 de abril de 2020 | 14h57

O advogado Flávio Henrique Costa Pereira, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, afirmou que as declarações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em entrevista coletiva à imprensa, configuram crime de responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Em termos jurídicos, os fatos, comprovados, são contundentes e configuram crime de responsabilidade a ensejar o impeachment do presidente. Quando elaborei, juntamente com Janaína Paschoal e Miguel Reale Junior, o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, os fatos eram, de longe, muito menos graves do que esses”, diz.

Advogado do PSDB, Flávio Henrique Costa Pereira é filiado sigla, e subscreveu a denúncia apresentada pelos advogados Miguel Reale Jr, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, que pediu a saída de Dilma e perda dos direitos políticos por oito anos por crime de responsabilidade, ao continuar com a prática das chamadas “pedaladas fiscais” em 2015.

Ao fim do julgamento, no Senado, Dilma perdeu o cargo, mas não teve os direitos políticos cassados.

Ao anunciar a saída do cargo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, acusou nesta sexta-feira (24) o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. “O presidente me quer fora do cargo”, disse Moro, ao deixar claro que a saída foi motivada por decisão de Bolsonaro.

Moro falou com a imprensa após Bolsonaro formalizar o desligamento de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal – o ministro frisou que não assinou a exoneração do colega. Segundo Moro, embora o documento de exoneração conste que Valeixo saiu do cargo “a pedido”, o diretor-geral não queria deixar o cargo. O próprio Moro, que aparece assinando a exoneração, afirmou que foi pego de surpresa pelo ato e negou que o tenha assinado.

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/fatos-eram-de-longe-menos-graves-diz-advogado-do-impeachment-de-dilma-sobre-bolsonaro/


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