
Empresas enfrentam maior onda de recuperações judiciais em três anos após ressaca da pandemia
Puxadas por grandes como Americanas e Oi, 92 companhias pediram à Justiça proteção para renegociar dívidas em janeiro, segundo dados da Serasa; tendência é de aceleração nos próximos meses
A onda de recuperação judicial esperada para 2020, por causa das restrições da pandemia, chegou com quase três anos de atraso. Nos últimos meses, as empresas tiveram de conviver tanto com o fim dos programas governamentais e o vencimento de dívidas renegociadas no passado pelos bancos quanto com juros altos (Selic de 13,75%, a maior desde 2017), inflação pressionada e consumo fraco.
Aracy Barbara, sócia do VBD Advogados e especialista em contratos e recuperação judicial, afirma que os problemas financeiros das empresas podem ter se arrastado por anos. “A maioria das recuperações judiciais neste começo de ano não é só de agora. Há empresas que têm problemas desde antes da pandemia, talvez até desde 2015″, diz.″

 
	
			 
	
							