É prematuro apontar crime a Jair e Flávio Bolsonaro apenas por eventual vazamento pela PF, dizem criminalistas
Eles só terão cometido crimes, segundo especialistas, se usaram dados para atrapalhar a PF ou se corromperam policial
18.mai.2020 às 20h30
SÃO PAULO Criminalistas consideram que é prematuro apontar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu filho, tenham cometido crimes, ainda que se comprove que receberam informações sobre uma investigação sigilosa da Polícia Federal.
Especialistas ouvidos pela Folha, que falaram em tese por não ter acesso ao caso, consideram que o presidente e seu filho só cometeram crimes na hipótese de terem corrompido um policial ou se usaram a informação para prejudicar a investigação.
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“Fazer uso da informação vazada não é, por si só, um delito. Isso irá depender de qual ação irá praticar quando recebê-la”, diz o criminalista Daniel Gerber. “Por exemplo: se faço cessar uma atividade que se investiga como delituosa, o uso da informação, por razões óbvias, não é crime.”
