Pelo menos 40 pessoas morrem durante a procissão fúnebre de Qassem Soleimani na cidade iraniana de Kerman
Por BandNews FM
Pelo menos 40 pessoas morrem em uma confusão durante a procissão fúnebre de Qassem Soleimani na cidade iraniana de Kerman.
A informação foi confirmada pela TV estatal do Irã. Outras 48 pessoas ficaram feridas. Não há maiores detalhes do que causou o tumulto.
Centenas de milhares de pessoas estão reunidas na cidade onde vai ocorrer ainda hoje o enterro do militar iraniano morto após um bombardeio dos Estados Unidos na última sexta-feira.
A ameaça de uma guerra nuclear em um conflito entre Estados Unidos e Irã entrou no centro do debate que envolve os ataques entre os representantes das duas nações.
Em uma reação à apreensão provocada pelo assunto, o presidente americano Donald Trump escreveu na conta dele no Twitter, em letras garrafais, que o país persa “nunca terá uma arma nuclear”. O governo do Irã comunicou que não vai mais cumprir nenhuma das restrições impostas por um acordo nuclear firmado em 2015.
O regime iraniano afirmou que não cumpriria mais as limitações de capacidade de enriquecimento de urânio, estoque de material enriquecido, pesquisa e desenvolvimento. Na última sexta-feira, o general iraniano Qassem Soleimaní foi assassinado em Bagdá por um drone americano.
Em resposta, são esperados ataques do Irã a alvos militares dos Estados Unidos no Oriente Médio. Em mensagem no Twitter, o presidente Donald Trump, disse que responderia “com toda a força” a qualquer ataque iraniano. A professora de Direito Internacional Maristela Basso, da Universidade de São Paulo, destaca que leis internacionais foram descumpridas já no início da crise.
A professora aponta que o conflito tende a evoluir e que o Irã também descumprirá o direito de guerra se responder ao ataque.
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, respondeu à ameaça feita por Donald Trump, de atingir 52 alvos iranianos se o país retaliasse a morte do general Qassem Soleimaní. Rouani escreveu que “quem se refere ao número 52 também deve se lembrar do número 290”.
O número é referente às 290 pessoas mortas, em 1988, quando um avião de uma companhia aérea iraniana foi derrubado por um míssil americano. Entre os 290 mortos estavam 66 crianças.
O presidente iraniano completa a mensagem com a frase “Nunca ameace a nação iraniana”.
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