
BC reaproveitou cédulas antes de lançar nota de R$ 200
Aumento da demanda durante a pandemia, com pagamento de auxílios, levou autoridade a recolocar em circulação numerário que seria destruído por estar desgastado
Por Gabriel Shinohara — De Brasília
Com a pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que aumentou a demanda por dinheiro em espécie, o Banco Central (BC) decidiu recolocar em circulação, em 2020, cédulas que seriam destruídas por estarem desgastadas. O objetivo era minimizar o impacto de uma possível falta de notas circulando na economia. A medida não solucionou o problema e, naquele mesmo ano, em julho, o BC anunciou a criação da cédula de R$ 200.
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Marcel Mascarenhas, sócio no Warde Advogados e ex-procurador-geral adjunto do Banco Central, que estava na autarquia na época da criação da cédula, avalia que o BC adotou as medidas de mais rápido alcance e que eram necessárias para atender à demanda pelas notas. “Num cenário ideal, as cédulas seriam substituídas quando verificado determinado nível de desgaste. Contudo, havendo restrição orçamentária para contratar a produção de novas cédulas em quantidade suficiente, aumenta-se a tolerância com o desgaste das cédulas, permitindo-se manter em circulação um volume maior de dinheiro”, disse.
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