Mercado de créditos de carbono busca amadurecer para evitar riscos
Crescimento vertiginoso do ainda em fase de amadurecimento mercado voluntário de créditos de carbono acabou por expor inconsistências envolvendo projetos e requer mais atenção das empresas que compram créditos
Por Cláudio Marques — Para o Prática ESG, de São Paulo
29/03/2023 05h04 Atualizado há 3 horas
O crescimento vertiginoso do mercado voluntário de créditos de carbono acabou por expor inconsistências envolvendo projetos, principalmente aqueles que tratam de preservação de florestas ou reflorestamento. Os percalços vão, especialmente, pela questão fundiária, e vão desde a inclusão de áreas públicas em seu escopo, o que não é permitido, passam por falhas na coleta de dados primários sobre o território e chegam à falta de informações precisas do projeto de impacto para as comunidades afetadas.
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“A meu ver, vamos conseguir resolver o problema muito mais pela própria responsabilidade das empresas, porque os danos à imagem podem ser maiores do que outros danos”, diz Patricia Iglecias, professora de direito da USP, ex-presidente da Cetesb e sócia responsável pela área ambiental do Wald, Antunes, Vita e Blattner Advogados. Para ela, o setor vai acabar se regulando. “A preocupação das empresas é evitar o greenwashing, o que é muito sério para a imagem delas.”
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